A intimidade, a presença do outro, um vínculo verdadeiro. É isso que o ser humano sempre busca, mesmo que inconscientemente. Somos seres sociais e a solidão é dolorosa.
Esse é o nível de importância que os relacionamentos possuem nas nossas vidas. Para alguns é fácil conhecer gente, fazer amizades e construir relações, para outros, nem tanto.
Mas o que é se relacionar realmente? O que é construir intimidade com alguém, de verdade?
Você pode ter milhões de seguidores no Instagram e não se sentir próxima de nenhum deles. Por outro lado, uma pessoa com um círculo pequeno de amigos pode se sentir a pessoa mais querida e amada do mundo.
Não é uma questão de quantidade.
Um relacionamento, seja ele amoroso, entre amigos, fraternal, profissional… o que for. Um relacionamento sincero e autêntico apenas existe, se houver também um vínculo real.
Conhecer pessoas, todo mundo conhece. Construir intimidade, é muito mais do que isso.
(Eu tenho um vídeo completo no meu Instagram, onde faço uma reflexão ainda mais profunda sobre relacionamentos. Clique aqui para assistir.)
Não é uma resposta simples, porque não basta aquela pessoa estar lá fisicamente para assistir um filme ou sair para almoçar uma vez ou outra.
Não se trata da presença física. Uma pessoa pode estar longe de você e, ainda assim, você consegue sentir aquela conexão.
A intimidade é você sentir a pessoa próxima, mesmo quando ela está longe.
Mas um dos nossos maiores erros hoje em dia – e parece que só piora – é a falta dessa presença através de uma conexão verdadeira.
Hoje vivemos ligados na tomada. Você está ali de corpo com o outro, mas sua cabeça está em outro lugar, pensando em outras coisas.
Você está tomando um café com uma colega, mas está pensando no trabalho. Você está almoçando com a sua família, mas não sai do celular.
Sua cabeça não está vivendo aquele momento, aquela relação. Com isso, essa conexão se enfraquece, ou nem mesmo se forma.
O ser humano contemporâneo está perdendo conexões. Está com cada vez mais seguidores e menos relações. Consequentemente, nos sentimos cada dia menos compreendidas pelo outro… e mais sozinhas.
Estamos mais preocupadas com o que vão pensar da gente, em agradar, se perguntando se o outro vai gostar ou não de você, e nem notamos que isso só atrapalha.
O problema é que, assim, a outra pessoa acaba não conhecendo você de verdade, mas conhecendo quem você mostra somente para agradá-la. Isso não é sincero, não é autêntico.
Não há nada nesse mundo como sentir que uma pessoa que você ama também se importa com você. Que ela entende você, sente quando você está triste, quando está feliz, quando quer conversar e quando precisa de espaço.
Não há nada como a verdadeira presença que vai além do físico e nada como saber que você marcou a vida do outro, pois você viveu aquela relação intensamente.
Não há nada como ter alguém com quem contar, que te escuta, mas que também confia em você o suficiente para deixar que você a ouça.
Não há nada como relacionamentos íntimos, com um vínculo sincero, que inclui tudo isso.
Minha amiga, não se esqueça disso. Viva as suas relações, mas viva com a sua verdade, com a sua essência. Deixe que te conheçam realmente e esteja aberta para conhecer os outros.
Um relacionamento nunca será perfeito, mas ele será inesquecível e sincero se você estiver presente nele não só de corpo, mas também de alma, cabeça e coração.
Mantenha viva a sua humanidade, o seu sentimento de participar, de ser querida. E transmita essa mensagem para que as pessoas à sua volta sintam essa alegria também.
Um abraço no seu coração,
Cá
R. Padre João Manuel, 755 - Conj. 91
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